21/Jan/2019

A historia do casamento, da cerimônia e do vestido de noiva

E não é que mais uma boa conversa se resultou em uma postagem! Que por sinal muito interessante. Em um bate papo com a estilista de vestido de noivas e festas Gabriella Diniz, discutimos de tudo e mais um pouco sobre o universo dos casamentos.

O resultado de tudo isso você verá agora!

O casamento é um momento especial, mágico. É o encontro de almas, de pessoas que se escolheram, que se amam e comprometem-se a passar toda a vida um ao lado do outro, nos momentos bons e naqueles nem tão bons assim. Somar. Essa é a palavra que para mim melhor traduz o significado de casamento.

O casamento é, nos dias de hoje, um ritual bem particular e diversificado, mas nem sempre foi assim. Ele adquiriu muitas formas diferentes ao longo dos séculos até chegar no conceito que entendemos hoje. O que você sabe sobre a origem do casamento? De onde vem? E o tão esperado vestido de noiva, o por que dele ser branco, sabe? Véu e grinalda não estavam ali presentes por acaso. Você sabe o motivo?

Se você respondeu não para as perguntas acima, vem descobrir com a gente essas e muitas outras curiosidades acerca desse ritual milenar.

A união entre duas pessoas, um homem e uma mulher, é tão antiga quanto a própria civilização. Nas sociedades antigas essa união era o ambiente mais seguro para a perpetuação da espécie, da linhagem bem como das posses, propriedades, riquezas das famílias em questão. A união era arranjada pelos pais do casal e os noivos muitas das vezes não se conheciam ou nunca tinham se visto antes da cerimônia, sempre religiosa ou na presença de alguma autoridade. A união era um evento social de grande comemoração e festas fartas. Ao homem cabia o pagamento da noiva com uma moeda de ouro ou prata. Assim à família da noiva cabia o dote. Nessa época a estabilidade social era mais importante que o amor.

O ritual sobreviveu há séculos, se diversificou, ganhou novos significados e hoje o amor é mais importante do que a estabilidade social. O amor e a união que cabiam apenas entre homem e mulher, hoje cabem a pessoas de mesmo gênero.

O casamento de hoje diz respeito a toda uma preparação até a chegada do dia do evento e normalmente inicia-se com o noivado, selado por uma aliança ou anel de noivado. Uso que é uma tradição cristã do século XI e simboliza compromisso, pacto. A cerimônia pode ser mais intimista, voltada para poucos e seletos convidados ou até mesmo apenas entre noivo

Mas para adeptos da cerimonia em sua forma mais tradicional, com noiva e culto religioso, saibam que ela nasceu na Roma antiga. É de lá também que vem a monogamia e a liberdade da noiva se casar espontaneamente e com garantias da lei. Já à Grécia intitula-se o uso do véu cuja finalidade era proteger a noiva de mau olhado e a prática de atirar coisas sobre os noivos a fim de lhes trazer fertilidade e prosperidade _ o que posteriormente viria a ser chuva de arroz. Já o buquê inicialmente era composto por uma mistura de alho, ervas e grãos cuja crença era afastar maus espíritos e garantir uma união frutífera. As flores vieram depois e seu uso está ligado ao cheiro. Eram necessárias muitas flores para amenizar o odor das pessoas e das construções. Higiene pessoal não era uma prática comum na Idade Média.

Já no quesito indumentária, a cor do vestido da noiva nem sempre foi o branco ou tons singelos. Na Roma Antiga a noiva utilizava seu vestido mais novo, independente da cor. Na era medieval, vermelho, azul, verde eram cores bastante usadas, mas nada definido. Os vestidos deveriam demonstrar a que classe pertencia a família da noiva de acordo com o seu formato e tamanho. Os vestidos eram inclusive usados depois como vestidos normais. Foi apenas no século XIX, precisamente em 1840, na Inglaterra, que a rainha Vitória inaugurou o visual da noiva como conhecemos: com vestido branco, grinalda e véu. Ela ainda impôs que nenhum dos convidados usassem branco, tornando a cor exclusiva a ela. Já o motivo da renda em seu vestido era para que artesãos ingleses tivessem trabalho uma vez que as máquinas estavam substituindo seus lugares. A importância da rainha Vitória vai além, ela se casou por amor com o príncipe Albert de Saxe-Cobour-Gotha fazendo a ele o pedido de casamento. Foi a primeira vez que se teve notícias de um casal que se casou por amor. Posteriormente a cor branca foi assimilada a castidade e virgindade.

“ Um excelente filme para complementar esse conteúdo é "A Jovem rainha Vitoria” ganhador de Oscar de melhor figurino. Fica a dica.“

Fotografia do dia do casamento de Rainha Vitória e príncipe Albert

Outra curiosidade era a serventia dos padrinhos e das damas de honra. Os padrinhos inicialmente eram amigos que serviam para proteger a noiva de um possível rapto enquanto que as damas de honra protegiam a noiva e enganavam os maus espíritos por estarem semelhantes a ela.

Podemos então perceber que o casamento é uma prática bastante antiga que mudou muito ao longo do tempo e que está longe de ser padronizada como já foi. Cada vez mais noivos buscam por cerimonias autorais com detalhes que tenham a identidade do casal e que façam sentido para eles.

Gostou? Nossa conversa não parou por aqui, daria para escrever um livro abordando todos estes assuntos. Então aguardem... pois terão mais postagens sobre a conversa que tive com a estilista Gabriella Diniz, que falarão sobre tipos de vestidos de noiva, tendências de moda noiva, a construção de um vestido de noiva sob medida e muito mais.

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